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YARA SEREYA

    PUBLICAÇÕES MUTHA

    O Museu Transgênero de História e Arte contemplou três artistas com publicações individuais, que estarão disponíveis para venda em nossa Galeria no mês de Julho-Agosto. O valor das vendas será destinado exclusivamente às artistas. 

     

     

     

    Yara Sereya, 31 anos, atriz, bailarina, gestora Cultural e poeta feminina. Candomblecista, mulherista candace, filha de yansã, maconheira, bruxa, justiceira. Negra. Yara Sereya.

     

     

     

    Asas de Mulher
    De sandália havaiana, que ela só quer dançar, ela só quer paz.
    Dança africana em seu quadril, para fora é vulgar, pra dentro é fulgaz.
    É o mar, é só ela que caminha, e que quer passar.
    Pelo vento, em movimento
    Que o próprio tempo dirá, que ela só quer passar.
    Roupa curta, Povo assusta. Atura ou surta!
    Que a dama de vermelho, pelo seu reflexo
    Transparente espelho. Verdade assusta!
    Liberdade não é sinônimo de masculinidade
    Não sou sua puta! Não me julgue por sua conduta
    Ser puta é ser livre. Não queremos padrões, tantas prisões

    Justificam nossas dores, Nos estupram pelos corredores
    Assédios, abusos, e outras coisas mais
    E não me peça para que te prove, quer saber quem eu sou?
    Sou a puta do século XIX, sou a neta negra da bruxa,
    Que você não conseguiu queimar.
    Meu corpo arde os desejos seus? Segura seu anseio.
    Quero direito sobre meu corpo, Por inteira.
    Ser mulher é sinônimo de voar

    Para consultas sobre vendas: muthabrasil@gmail.com

    COMO CITAR O MUTHA?

    O MUTHA é uma obra artística e um projeto científico autoral de Ian Guimarães Habib. Por esse motivo, o MUTHA deve ser citado junto de sua autoria, a partir da seguinte obra:

    HABIB, Ian Guimarães. Corpos Transformacionais: a transformação corporal nas artes da cena. São Paulo: Ed. Hucitec, 2021.