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SAFIRA CLAUSBERG

    Safira Clausberg, resultado de suas próprias emoções, dores e desejos. Um meio canalizador de vidas onde a mesma consegue propagar através da arte o que a vida não a permitiu. Safira não é uma persona e sim uma parte que integra da artista, faz do seu corpo o seu próprio templo. Afroreligiosa, afrofuturista e afrogótica, sereia do asfalta e rainha do luar. Acadêmica de teatro, pedagoga em formação, musicista, estilista e modelo.

    “Eu só posso acreditar em alguém que acredita em mim, faço de minhas performances o culto a minha entidade, a SAFIRA é minha religião!”

    Essa questão que venho atravessando enquanto ao eu drag não ser uma ferramenta mas sim a parte que completa, onde há a necessidade de ter essa persona hodiernamente, pois a mesma que me livrou de momentos mais difíceis enquanto a processo de transição, pois foi o meio que encontrei de canalizar energias sendo elas boas ou ruins vindo daí a visceralidade de sentimentos. Inúmeras vezes me perdi por não entender o papel que eu carregava com a Safira, até mesmo por não entender que ela seria um ser híbrido, sagrado, fluído, transcendental e evoluído. Safira por ser um entidade meu processo de montação é visto como um ritual, onde nela é carregada uma energia exacerbada, filha de Dama da Noite com seu Zé pelintra onde sua missão é pegar os sentimentos mais puros que possam ser expressados pela humanidade sendo ele o amor ou o ódio. Ela amou intensamente mas infelizmente o seu amor levou a perdição onde foi morta pelo ódio, entretanto o mesmo fez florescer, germinar e procriar. Ela diz “Prefiro ser temida do que amada!”Com a Safira eu levo esse culto para os palcos, como forma de ato político. Ela surge a partir de uma revolta interna de querer sair pro mundo mas não caber nele, todavia ela encontra um corpo desgastado psicologicamente e passa habitar nele fazendo assim uma via mão dupla criando raízes na mulher incrível que serve de templo para a mesma. Prazer Safira Clausberg.

    Nessa montação consigo unificar alguns de meus sentimentos internalizados a partir de uma perspectiva de ser humanos não humanizados, pegando assim um pouco do zodíaco levando em conta a referência do ser de capricórnio que é metade peixe e metade cabra. A arte lúdica de ser humana a partir de uma proposta.

    ser humano não humanizado

    Fotoperformance

    Tamanho: Variados

    Para a produtora @hausofshante

    Maquiagem: Safira Clausberg @safihell_

    Figurino: Safira Clausberg @safihell_

    Foto: Jonas Amador @jonasamador

    Edição: Jonas Amador @jonas amador

    Estúdio: Belém Photos

    Ano: 2019

    Para consultas sobre vendas: muthabrasil@gmail.com

     

     

    COMO CITAR O MUTHA?

    O MUTHA é uma obra artística e um projeto científico autoral de Ian Guimarães Habib. Por esse motivo, o MUTHA deve ser citado junto de sua autoria, a partir da seguinte obra:

    HABIB, Ian Guimarães. Corpos Transformacionais: a transformação corporal nas artes da cena. São Paulo: Ed. Hucitec, 2021.