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KRISHNA TABLADA

    Documento nato digital [1688x1688px]

    NOME:

    Krishna Tablada

    LOCAL:

    Ararangua, Santa Catarina

    LINKS:

    https://www.behance.net/krishna_tablada

    https://www.instagram.com/aura.krsna

    https://www.instagram.com/krishna_tablada

    BIOGRAFIA:

    Krishna Tablada, Aura, Abril, 27 anos, artista trans não binarie e portadore de sentimentos viscerais. Minha linguagem artística sofreu (de sofrer mesmo) inúmeras variáveis desde que esse trajeto iniciou, principalmente depois que se tornou parte essencial do meu viver. Minha produção artística reflete meus processos germinativos. Esses processos sempre são muito espontâneos e incorporam externamente meu estado emocional – sejam eles afetados pelo externo ou não. Sinto que meu devir artista tem uma ligação muito forte com o criar em si, o se deixar criar algo novo e envolto de sentimentos ainda não traduzidos. Me sinto à vontade com a ideia de gerar desconfortos, sentimentos, confusões; me sinto à vontade com que a interpretação seja individualmente coletiva. E me sinto bem em lidar com o desconhecido. Acredito potencialmente na força do mal estar e na oportunidade que ele nos traz de refletir soluções criativas, de nos ligar intimamente com partes desconhecidas em nós e sustentar tais dificuldades; vejo nisso uma oportunidade de mudanças inter-externas, possibilidades de melhor saber lidar com o que é diferente do que chamamos normativo. Meu mover criativo envolve provocar sentimentos, quebrar lógicas binárias e possibilitar espaços onde desconhecidos sentimentos possam existir. O que viso problematizar, em essência, são as relações. Me inclino aos afetos, quero a libertação dos processos emocionais, quero a quebra dos padrões normativos que condenam os sensíveis. Denuncio a retaliação dos sentimentos. Sentimos tanto e não sabemos meios de expressar, estamos oprimidos pelo “não posso demonstrar”, estamos enfermos. Aquilo que não tem espaço pra ser dito se transforma num enorme vazio e desse vazio nasce uma falta. É nessa falta que quero pintar. É nesse suicídio social. Nesse sufocamento que meu coração não pode suportar. Nesse amargo. Quais são esses vazios e do que estão cheios? Onde está o espaço seguro? Onde está o acolhimento? O que existe além da individualização depressora de coletividades potentes? Onde há espaço para aqueles que sentem que não podem seguir adiante? Me proponho a esse germinar, a esse expurgo criativo que sai das vísceras impulsivas, que saí da falta dos afetos. Me coloco em posição de denunciar o egoísmo que impulsiona as nossas mortes. Ali está o sofrimento. Mas ninguém vê, ninguém quer ver. E na garganta o nó aumenta. E sigo germinando.

    CURRÍCULO:

    • Tive meus primeiros contatos com esse devir artista ainda na infância, pois minha mãe e meu pai são eternos amantes da arte e se entregam a ela de corpo e alma. Minha mãe tem a comunicação como fonte de inspiração e na escrita encontrou a si mesma, meu pai externa suas emoções por intermédio das esculturas, das pinturas, e lá faz morada.
    • Comecei pintando, ainda criança. Depois disso tive longos processos que me trouxeram até esse exato momento e eu vou narrar um pouco deles agora:
    • Na adolescência me encantei pelos tecidos e comecei a pintá-los, fiz muitas roupas. Criei um coletivo chamado Pulperie e com ele expunha em diversos ambientes: na rua, em eventos, em feiras e em festas.
    • Após algum tempo criei uma marca autoral chamada Dança Cósmica e com ela também fiz exposições até meados de 2019, antes da pandemia. O projeto Dança Cósmica foi além dos tecidos e estampas, nesse processo pude também me aventurar pelo mundo das pequenas esculturas e dos acessórios reciclados.
    • Fiz muitos colares e brincos a partir de materiais que eram considerados inúteis e pude dar a eles um novo significado.
    • Durante esses projetos, viagens, exposições de rua também estive estudando, Agora vou dar ênfase a essa parte de meu curriculum que também é muito importante pro meu desenvolvimento até aqui:
    • Em 2015 iniciei meus estudos no curso de Artes Cênicas (UFSC), onde tive acesso ao Teatro de Animação, que me abriu espaço criativo.
    • Em 2017 iniciei o curso de Teatro de Sombras (IFSC) e performei no MASC uma obra da artista Laura Lima, nomeada “O Antipalhaço” que denuncia a negligência do devir artista no Brasil,
    • Em 2018 fiz Teatro de Máscaras (IFSC) e Processo Criativo de Desenho Tridimensional (CIC)
    • Em 2019 estudei Teoria das Cores (CIC) e Pintura (ELA). Estudo de forma autodidata sobre as relações humanas e construções sociais.
    • É sobre isso que tento falar, porém a escrita não é meu forte e por isso pinto. Em todo esse processo que descrevi de forma resumida e talvez até um pouco tímida, eu estive desenhando, pintando, me expressando com as ferramentas que a arte me dá.
    • As cores me atravessaram de um jeito muito intenso e elas gritam muito em mim, acho que estiveram contidas por tanto tempo que agora saem, simplesmente saem. Estou nesse germinar criativo.
    • Lugares onde expus
    • SC: exposição de rua, feiras, UFSC e eventos Samadhi, Jump, Felling, Ilha da Magia, Secret, Meta-casa, Sambazart, Rosemary Dream, Saravá Cultural, Casa de Noca, Revolution, Taliesyn Rock Bar eventos do IFSC
    • DF: exposição de rua e estúdio Deep Sea
    • GO: exposição de rua e hostel Econois SP: exposição de rua RJ: exposição de rua PR: exposição de rua

    OBRAS:

    COMO CITAR O MUTHA?

    O MUTHA é uma obra artística e um projeto científico autoral de Ian Guimarães Habib. Por esse motivo, o MUTHA deve ser citado junto de sua autoria, a partir da seguinte obra:

    HABIB, Ian Guimarães. Corpos Transformacionais: a transformação corporal nas artes da cena. São Paulo: Ed. Hucitec, 2021.