Läz Raphaellie é Arquiteta Urbanista pela Universidade Federal de Ouro Preto. Atua como Artista Visual e Pesquisadora em Decolonialidade. Suas pesquisas e produções interseccionam as relações entre corpo e cidade pelo viés da etnia-gênero-classe. Seu foco é o estudo das experiências e traumas registrados nos corpos generificados no contexto da Diáspora Afrobrasileira. Läz considera-se Contra-Arquiteta e Des-Urbanista, Artista Educadora Decolonial. É negra e travesti. Desenvolve desde 2015 trabalhos dentro da linguagem das artes visuais. Sua produção fala sobre as encruzilhadas entre seu corpo e os territórios que habita, suas vivências íntimas e sociais relacionadas à arquitetura e cidade, assim como suas interseccionalidades estabelecidas. Enquanto pesquisa, propõe, articula e produz contradispositivos de enfrentamento social, materializando suas investigações e experimentos através de performances, textos, cartografias e instalações. Sua produção, adota o conceito expandido de Ação Estético Política (UERJ), em diálogo com a corrente contemporânea do feminismo negro e transfeminista, onde propõe interlocução com corpos bixas, trans, travestis e mulheres. Entende a decolonialidade como caminho possível para a destruição da hegemonia branca e cisnormativa, e por assim, a única prática cabível em seu método.
Bula rizomática: cartografias de corpos negros-bichas no contexto de ouro preto
Processo criativo de Livro-Objeto – contra dispositivo
Ano: 2018
Anti-produto desenvolvido como parte da monografia de Läz, no seu trabalho na de graduação em Arquitetura e Urbanismo.
O livro-objeto, proposto é articulado pela artista, foi um processo experimental de pesquisa que reuniu diversas ferramentas ditas convencionais pela universidade.
O conteúdo do contra dispositivo é resultado da pesquisa interseccional, teórica e prática que partiu do corpo da artista e de suas semelhantes.
Sua execução aconteceu de maneira coletiva, contando com a colaboração principalmente da artista plástica Duda Faria, e das bixas pretas Douglas Gomes e Freedamorim.
A metodologia da pesquisa foi resultado principalmente das ferramentas de estudo territorial como a derivas, errâncias e cartografias. A pesquisa qualitativa em educação. As propostas experimentais da filosofia pós-estrutural e ezquizoanálise. Além de ter sido influenciada diretamente pela corrente decolonial contemporânea do feminismo negro e transfeminismo.
A narrativa tem um processo afrodiaspórico de descolonização engendrado desde o início ao fim. Dividido em duas partes, macro e micro, situa o espectador de acordo com as migrações compulsórias e as desterritorializações enfrentadas pelo povo africano. Expõe os traumas e as sobrecodicodifações que foram registradas nos corpos negros afrobrasileiros a partir da colonização e escravidão.
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